Tem-se muito a mania de dizer a célebre frase Carpe Diem... Mas nunca pensamos realmente no que quer dizer... Por vezes dizemos porque até é uma frase com uma pronúncia bonita e para mais é em latim, e serve assim para mostrar que até temos alguma cultura geral. Quando aconselhamos "Carpe Diem" a alguém, é o mesmo que dizer: não faças nada, sê um inútil e incompetente, morre enxarcado na tua urina e rodeado pelas tuas fezes! Como é que podemos viver cada dia como se fosse o último? É banir com o amanhã, e é esse amanhã que nos dá esperança, que nos fortalece para sermos aquilo que desejamos! Eu se seguisse o Carpe Diem, certamente estaria rodeado por uns gunas, a fumar uns charritos, a embebedar-me e assaltar quem visse! Não pode ser assim... Que seria do mundo se todos fossem por essa filosofia? Estaria estático! Por isso digo: Carpe Diem? Só depois da reforma!
...afinal, o que é isto de ser médico? Como é o médico encarado pela sociedade e como deve agir em sociedade?
Com toda a sinceridade, nem sei como me atrevo a responder a questões como estas, quase existenciais (O Jorge Cluni há-de dizer que "questo è stato,passou-se de vez"). Porém, antes prefiro colocá-las e tentar, de algum modo, responder-lhes, tendo consciência de que a bagagem que tenho para o fazer é ínfima, do que nem sequer as pôr em causa! Já Sócrates, com uma louvável douta ignorância, dizia: "Só sei que nada sei"... Ainda assim, nunca deixava de se questionar!
Mesmo estando consciente do quão pouco sei acerca do assunto, atrevo-me a discordar do modo como o médico é encarado pela comunidade, sobretudo o cirurgião. Enquanto estudante do 3º ano de cirurgia, na Università degli Studi di Firenze, constato que o médico é visto como um deus. E, efectivamente, o culto pela "religião medicina", praticado pelos devotos pacientes, é interminável. O mais impressionante, como diz Gawande, é "o culto do carisma cirúrgico", literalmente (carisma= oferta dos deuses). Meus amigos, quanto muito um médico seria visto como um padre, pois ele não faz milagres, e mesmo assim tenho as minhas dúvidas.
A melhor forma de definir um médico é recorrer a uma analogia. Ora, vejam lá se concordam ou não comigo: o médico está para o artista, assim como o paciente está para a tela. Na verdade, o produto da interacção médico-paciente é uma autêntica obra de arte. E, apesar da infinidade de movimentos artísticos, a essência é mantida: o exercitar da criatividade e o expressar dos sentimentos.
Macacos me mordam, não são estas as "pinceladas" médicas?
... médicos malditos! O nosso futuro está assegurado! Não há receio nem ansiedade, o futuro não deve ser temido! A nossa carreira está garantida...
A crise económica assombrou o mundo, como um fantasma assombra uma criança... Na verdade, fala-se na 2ª temporada da Sexta-feira Negra... E até já se fala num possível Dia D para fazer face a esse dia, que é sexta, de nome, e negro, não de cor, mas em memória! (que há de melhor para recuperar a economia do que uma guerra? Se se faz guerra pelo petróleo... Bem, para bom entendedor meia palavra basta!)
Ora, graças a um careca gordito, Garden para os amigos, Jardim para todos os que pertencem ao continente português, e, para mim, Albertini, esse problema não toca aos malditos. Os malditos não se deixam assombrar pelo fantasma crise, apesar da mentalidade infantil! (não é infantil tentar solucionar a crise com uma guerra!? Ah, pois Pitt... Devo esta sensibilidade e o de quão humano tenho ao mestre Bachiatari Sensei! A tua sabedoria é contagiosa, é pena não se difundir por osmose. A ti um muito obrigado) ...O nosso "não lugar" encontra-se a milhões de anos luz daqui, o nosso lugar e destino, a umas escassas horitas: Madeira!
Na Madeira há falta de médicos,pá!
Eis a nossa panaceia...
Como vosso amigo, venho alertar-vos para o nosso maior desafio, a linguagem! Ora vejam:
"Agora o que a gente queria aqui era que o governo não puxasse a guama tanto pro ar"
O madeirense é uma arte. Por isso, antes de irem para a Madeira, traduzam as palavras que se seguem, pois, só assim, são médicos malditos que se prezem! (o culpado é o Modelo Biopsicossocial)
Guama, Lucultura, galatrichas, arcas, cramar, embeiçado... (contextualizando...sobretudo aos 2 minutos)
Nota:Bachiatari e Ubirajara, lamento. Não apoio a xenofobia, mas o Sr. Garden não quer chineses nem japoneses na sua terra! Por isso, não vale a pena o esforço!
Decidi viajar, como tinha já referido. Troquei o hábito preto de mestre, pelo meu velho hábito branco de aprendiz - "o leão só é leão quando tem humildade para perceber que pode ter medo de ratos"; A minha mente está limpa e pronta a assimilar as novas informações que a viagem trará. Subi para o grande pássaro branco de metal, e voei. Durante a viagem, muitas pessoas olharam para mim de forma indiscreta e repetida - "Será uma emboscada?". Os meus sentidos ficaram alerta. De facto, até demais. Numa ida à casa de banho, uma voz feminina proferiu algo e colocou uma mão repentinamente nas minhas costas. Infelizmente acabou vitima dos meus reflexos altamente treinados - rapidamente debaixo da manga esquerda retirei uma agulha senbon para ninjas que espetei no espaço intercostal entre as vértebras cervicais C5 e C6, fazendo-a perder de imediato a força nas pernas e nos braços - estava temporariamente quadridplégica. Arrastei-a até à casa de banho e sentei-a na latrina, convencido que estava a ser alvo de uma conspiração. Passados cerca de 3 minutos saí, deixando-a inconsciente. Pormenorizando, percebi que esta rapariga só queria saber do meu bem estar e questionara-me para saber se queria chá ou café; Relativamente aos restantes passageiros, não era de todo uma conspiração, mas um acto que os ocidentais exercitam frequentemente - o gozo! Aparentemente viam-me como a caricatura papal pelo hábito branco e pelas barbas compridas. Foi forçado a desculpar-me à senhora. Alertei-a de que a poria inconsciente e que daí a 2 minutos acordaria não se lembrado sequer de ter entrado naquele voo, graças ao golpe Casco do Veado, que é executado na base do cerebelo. Sentado e mais descansado decidi exprimentar tecnologia ocidental e coloquei umas uvas ligadas por fios nos ouvidos. Davam música. Fui reflectindo nisto até ao meu destino. Cheguei. O meu destino era a Holanda. Dizem que por lá existem muitos profetas alucinados pelas ruas. Profetas que falam de cães e gansos mutantes que os perseguem mas que ninguém vê. O cheiro daquele país é característico e envolve-nos. Esforcei-me para não cair nele. Num café, ia saciando a fome enquanto reparava num jovem com os seus 13 anos a ler uma revista. Minutos depois, o café foi invadido pelo profeta lunático ideal. Depois de expulso pelo dono, resolvi segui-lo para o observar. Era activo, e tinha o cheiro característico de todos os outros. Fumava constantemente e falava e alto e de uma vida só, abandonado por uma mulher que aparentemente tinha umas medidas bem apelativas, mas que o trocara pelo professor de yoga. Estava desgostoso e amargurado, mas pusera-me a pensar. Como recompensa ofereci-lhe o pequeno almoço. Com uma máquina que pára as pessoas no tempo com um flash colectei a minha primeira foto quando ele se despedia. No caminho para uma pequena pensão ia reflectindo no perder alguém. No meu caso, ainda só perdi amigos. A minha função na Grande Planície dos 5 elementos não pode passar pela reprodução e talvez por isso nunca tenha sentido a necessidade de ter alguém. Não obstante, anos de guerras já me tinham levado muitos amigos. Doenças também. Pelo Portal que se Escreve entrei no mundo dos computadores e encontrei algo que reflecte no fundo a mistura das experiências deste homem e das minhas.
Gostei desta primeira viagem. A Holanda leva um carimbo de sabedoria. "Se procuras sabedoria ouve os que sofrem não ouças os reis pois só os primeiros têm realmente a certeza do que estão a falar".
Como dizia o meu amigo Hermenegildo Espinoza, há dias em que é preciso morrer. Pois eu agora também digo que há outros em que é preciso nascer de novo. Deixar um passado cerrado, que se acorrenta à alma humana, impedindo a esta a assimilação de uma esperança, que pode ser utópica ou não. É preciso saber quebrar as correntes que nos prendem a esse mesmo passado, que nos impedem de avançar, que nos impede de viver. Enquanto não conseguirmos quebrar essas mesmas correntes, estamos como mortos. E é preciso nascer! Viver um novo dia sem se lembrar dos anteriores, ser feliz ainda que inútil, ser feliz ainda que ignorante, ser feliz ainda que pobre, ser feliz ainda que saiba que essa felicidade terá fim, ser feliz porque assim o quer. Nascer de novo…
texto publicado originalmente nesta casa antiga e agora abandonada para me dedicar, inteiramente, ao clube.
Mas é claro que há dias em que o que necessitamos é morrer. Que ninguém negue isso. O erro está em considerar esse pequeno pormenor - morrer - como o busílis desses dias afamados. É o mais puro dos enganos. Talvez tudo não seja um motivo para voltar à vida com o ego tonificado porque todos (fora alguns que levam a necessidade ao extremo) voltamos sempre desse poço. Fica, então, a dúvida - o pão nosso de cada dia - se, talvez (tudo é talvez, tudo uma possibilidade) nesses dias o que necessitamos é sentir a impressão de morrer. E aí, sim, a noção do abismo ergue-nos. Depois, o arrependimento do passado faz o seu trabalho.
Devaneios todos nós temos, por isso, caros companheiros de blogue, quem quiser aumentar a lista deve fazê-lo. Médico maldito que só sabe de medicina nunca será um bom médico maldito.
"São coisas que tu não entendes" e que muito provavelmente eu também não entendo e ainda mais provavelmente tudo isto será porque não há nada para perceber. Agora... Que a xis me tira do sério sem sequer se esforçar lá isso tira... E com tanta pornografia por ai...
O povo indígena tem uma atenção especial pela vida animal, mantendo com os animais uma relação de amizade. Ao longo dos tempos fomos aprendendo a comunicar com os animais. Sabemos falar com as moscas, abelhas, vacas, cães e sobretudo gatos! A seguinte historia mostra como o amor pode ter fim, mesmo nos animais. É a história da Rosalinha e do Marí… O amor acabou… Pois é, aquilo que parecia que iria durar para uma vida inteira, acabou! O Marí decidiu pular a cerca, e ela descobriu… Como descobriu? Pensa-se que foi um gato tailandês, mas não se sabe… A verdade é que ela descobriu… Aquele amor vivenciado por toda a comunidade felina! O momento da separação foi gravado por um gato da Quinta do Nilha, que fica a uns quarteirões da toca do casal separado… Vejam por vocês próprios! Ate dá vontade de chorar… (isto para percebermos o quanto os animais são parecidos com os humanos no que toca ao amor...)...
Eu, Ubirajara Piatã, chefe da tribo “Caçadores de raposas”, com doutoramento em Medicina Amazonial venho para aqui transmitir o meu conhecimento sobre esta arte que se tem perdido com o tempo! Actualmente tenho feito uma investigação com o objectivo de relacionar o efeito anestésico das fezes da pantera em ferimentos de lança. É uma necessidade da minha tribo, que ultimamente tem andado em luta com a tribo do Jarigara. Tenho apresentado os meus resultados à comunidade científica, mas dizem que são inconclusivos! Porquê? Porque é uma cambada de racistas! A minha última grande descoberta foi os efeitos sedativos da urina das ratazanas. Irei ao longo do tempo apresentar a minha tribo, que neste momento se encontra em primeiro lugar no ranking da caça ao javali fedonho… Sou casado, com a Pitesca Fornicada, filha do chefe da tribo Kuikuru. Apaixonei-me pelas suas enormes nádegas no encontro Internacional de chefes de tribos! Quem quiser conhecer melhor a minha tribo: http://www.youtube.com/watch?v=Iukdk3B8bFs
Xixi káká tété arralhamá foc foc, que quer dizer: Xixi káká tété arralhamá foc foc(Saudação da minha tribo)
Meus caros e malditos compinchas de comadrices e horas de ciência venho deixar neste blog menos agradável a apresentação da ilustríssima pessoa, que muito humildemente agora se revela…
Deixo-vos imediatamente com alguns dos detalhes a destacar da minha laboriosa e magnificente existência.
Da minha puerícia não há muito a divulgar… Não satisfaz relembrar pormenores sórdidos da mesma… Como já referi tudo que me é por direito foi conseguido com esforço e sagacidade… De tal forma que em um presente bem vero me acho com debuxos audazes em uma vida profissional cobiçada por muitos… São em demasia os propósitos que me anunciam o auge da minha demanda pela ciência…
Deixo-vos sedentos de curiosidade aguardando pelos meus segredos sublimes acerca da insignificância da Humanidade…
Enquanto isso desfrutem da vossa imaginação com o desafio que aqui proponho…
Rejuvenescido por uma manhã de meditação num espaço moderno onde a água não vem de nascentes e o calor não vem de vulcões - a que a vossa sociedade ocidental chama de SPA, saboreava eu um gole de chá Yunnan, enquanto praticava o meu ritual de enrijecimento dos músculos, o banho em água gelada, quando é anunciada na caixa mágica por um homem mensageiro, de fato, que hoje aparentemente era o dia do estudante. Curioso! Vesti o velho hábito e encaminhei-me para a rua. Lentamente caminhando por entre multidões de jovens carregados com livros fui invadido por memórias de infância, memórias de treinos, memórias da dureza de uma adolescência de disciplina mental, física e genital; Bastou um breve momento de descontrolo para o Karma ser perturbado e uma batida mais forte deste coração multisecular partir um vidro de um terceiro andar, assustando uns jovens que se encaminhavam para o seu almoço: Não são estas afinal as pobres almas que levarão o mundo para a frente? Não merecerão tal dia? Ditado nepalês diz: "O futuro das colheitas é a semente. Planta-as para as comer, mas trata delas também!". Ocidentais também são sábios. Festas deste dia são pouco visiveis, mas "a essência do samurai está naquilo que ele representa, não na maneira como a sua espada corta o seu inimigo", já dizia Grande Mestre Kuwahn. Decidi viajar. Preciso de aprender mais. "Sensei tem que ter força do elefante, mas também o olho do falcão". Talvez seja esta a maneira dos Malditos conseguirem virar isto, afinal de contas.
Estou triste e estou deprimido! Tenho uma faixa negra no braço direito do meu hábito de monge. "Epá, mas agora o velhadas está maluco, é? Será que levou com uma matracada no último treino e pifou de vez? Ou isso ou não joga com o baralho todo, coitado". Nada disso jovens incautos. Continuo com a pujança de um Tartaruga Genial e o raciocinio de Kasparov. A minha tristeza reside no simples facto de constatar que a sociedade humana está num nivel de estranheza preocupante. Coisas que não chegavam ao Nepal mas a que vocês Europeus, Americanos e restantes estão expostos. Cita a central globo.com uma noticia bizarra. Depois de tantos anos de aprendizagem e disciplina, ainda há coisas que não estou preparado para ver. Coisas que chegam a ser mais estranhas que os insólitos Yorn e mais deprimentes que programas da Luciana Abreu. Mas como medicamente educado eu vos digo! Ainda há esperança. Apelo-vos, peguem nas vossas Venus e Gilletes e vamos combater este mal. Unamo-nos pelas cirurgias laser faciais para eliminar pêlos. Diz um ditado nepalês: "A máscara só assusta porque está presa pelos elásticos". Reflictam com as vossas papilas gustativas mergulhadas num bom chá de gengibre.
Nota: A barba está nas zonas faciais respectivas aos ossos maxilar inferior, maxilar superior, e apanha ainda um pouco do temporal. E não, não é um guerreiro viking ressuscitado na mesa de operações por um qualquer lunático como este tal de Espinoza.
... senti necessidade de abordar um caso que, além de polémico, é a notícia da semana! A vitóriajustado benfica sobre o sporting... (Agora, tu, meia leca que estás a ler isto, trabalhando com o pouco de tico que tens -pois o teco já se foi - perguntas: a falar de futebol num clube onde à partida só se fala de um pouco de medicina, ou de tudo??? Futebol não é tudo!... Logo, é expressamente proibido falar de futebol!)
A minha única reacção só pode ser ridere!
Ora, o penalti existe com certeza! Isso não é posto em questão... O dilema é saber qual a causa do penalti. Ou o Pedro Silva tem uma mão no peito (tem ou não tem a ver com medicina? É anatomia da mais pura!), ou então o Lucílio Baptista (Dilbertinho) tem o" jeito"(devia ir com a Flemming!!)
Se o Pedrito tivesse uma mão no peito, acredita,ó Hermenegildo, seriam muitas mais as raparigas a verem a final da Taça da Liga, in locus, do que as presentes no festival do "dito o cujo", no Japão! E assim, em vez de estar a comer sushi durante o jogo, o Jorge Cluni estava, mas é, fazendo cucci cucci nalguma daquelas que acha uma proeza ter uma mão no peito (sabe se lá porquê!? hoje em dia fantasia-se com cada coisa!) Só nos resta a questão do jeito. Vejamos:
Bem, parece que a verdadeira vocação do nosso amigo Lulu é ser engenheiro! (engenhou um penalti onde não existia!) a mãe dele deve estar destroçada! Tão árbitro, mas engenha...
Nem sei o que é pior: se ter tendências engenhosas, se ser um médico maldito! Das duas, venha o Diabo e escolha!!
Apresento-me como Bachiatari Sensei. Para os que não sabem japonês, Mestre Maldito. Desde há 313 anos que vagueio pela Terra. Discipulo do último grande Mestre da arte da sabedoria maldita, mantendo disciplina no corpo e na mente, aprendi a dominar os 5 elementos com um único objectivo: A Profecia tem que ser cumprida! "Na era em que o Homem for mais egoísta, nascerá o meio de dominar a sua razão. Só a sabedoria dos cinco Malditos trará a Terra ao seu rumo mais puro.". A espera foi longa, o treino foi árduo, mas os ventos mudaram e uma nova força palpitou. Abandonei o mosteiro Ki-Wahn no Nepal e rumei aos túneis maçónicos que dão acesso ao coração da Terra. Há um Antigo ditado que diz: " Escrituras sagradas dos cinco Malditos serão como o bisonte que bebe: Sempre atento, sempre à escuta!" Assim será este blogue - atento a todas as situações, sejam elas confusas ou caricatas, à escuta de noticias e zelando pelos interesses dos demais. A fibra, a destreza, a honra dos Antigos será defendida, mas com as armas de hoje. Desembaínhem-se teclados, afiem-se as pontas dos dedos e limpem-se as teclas. Somos médicos malditos, ou somos ratos?
Destaco também o chão onde estava o bar. Estava tão magnificamente pegajoso que, olhando para as sapatilhas que levava, dava vontade de experimentar trepar as paredes. Só não o fiz porque sou um sujeito tímido e recatado (normalmente ando cabisbaixo). Se bem que pelas fotografias aqui no lado direito do blogue - a minha é relativa à minha infância - ia apostar que vislumbrei o Galli Pitt e o Jorge Cluni por lá. Só não me pus a tentar perceber se eram eles pois o teatro estava cheio de raparigas interessantes (é verdade, tem de se dizer) que me desviavam a atenção.
Na generalidade apreciei as tunas. Boas melodias e, mais importante, puxavam pelo público pois havia lá pessoas mais velhas que, assim que havia uma pausa, era ouvi-las a ressonar. No entanto, destaco a prestação da Tuna Académica de Biomédicas, última a actuar mas que teve o seu momento de glória. Fiquei surpreendido, aliás, rendido à sua prestação. Deveriam ter vencido, sem qualquer hesitação, o prémio de tuna mais embriagada em palco, ou então o prémio de mais descoordenada (nunca vi um sujeito deixar cair tanta vez os instrumentos de dança, ou o que é aquilo, enquanto está aos saltos na frente do palco).
Deu-me para sair de casa ontem. Motivo: tabernal. Um festival de tunas no teatro Sá da Bandeira. Tudo muito bem preparado (alguma ironia). Gostei da falta de pontualidade no começo do dito festival, mas isso é da praxe.
Por falar em praxe, vi lá um grupo de miúdos e miúdas, todos vestidinhos de t-shirt amarela. Parecia ser gente simpática mas berravam muito, e mal. Assim que começaram aos gritos histéricos já estava farto deles. Pensei numa acção violenta para os acalmar, mas só depois é que me lembrei que não possuo licença de porte de arma. Portanto, quando cheguei a casa e adormeci, juro que ainda tinha o grito "Biomédicas" a vibrar no meato acústico externo.
Um médico, que queira ser maldito, tem de seguir, pelo menos, a maldita de uma regra:
Codice di condotta sulla buona dei dannati medico(Código da Boa Conduta do Maldito Médico): Dannazione Articolo nº1: Nunca abandones um paciente a meio de uma intervenção cirúrgica, mesmo que tenhas um ataque cardíaco, porque depois ele pode morrer e já não és visto como um herói!
... estava difícil! Acreditem, recrutar uns ditos "gajos" com manias não é fácil! Então no que diz respeito a fazer um blog... nem queiram saber! Um acha-se Cluni, enquanto tem meia duzia de cappelibianchi para jogar à bisca. Que ridículo!! Absurdo... Outro ainda vai mais longe, autodenominando-se Espinoza. Deve pensar que a filha da sofia lhe vai trazer alguma coisa à vida.... quando é, nem mais nem menos que, um modo de estar na "vidinha da silva". Quanto à recruta do Adegesto: não há nada que uma pataca não resolva... Já eu, Galli Pitt, fui recrutado pois de Galli tenho muito(aliás, tinha: cortei o cabelo) ... e de Pitt então, ui ui! São tantas as semelhanças. Gosto das mamas da Jolie tanto como ele (ou até mais), os lábios dela são a maior tentação do mundo, atentam - me tanto (trincava-lhe o lábio e bebia aquele botox todo em "menos de minuto e meio"!!!)... E de charme consigo superá-lo! ... Corrijam-me se estou errado, ao pensar que fui recrutado pelo clube, por ser o garanhão da zona! Qual é o clube que não quer um garanhão, hein? (esta é para ti, ó espinhoso hermenegildo..."às tantas são gente da mais feia que existe!") Como até um relógio parado está certo duas vezes ao dia, ao escrever este post (paradamente)hei-de estar certo pelo menos 2 vezes: aposto 1000:1 como o estou quanto ao Cluni e quanto a mim.
Um grupo de médicos malditos, que eu não conheço nem desejo conhecer (mas terei de o fazer para as coisas no clube entrarem na ordem natural - às tantas são gente da mais feia que existe) convidaram-me para um blogue. Não faço ideia de como é que descobriram que em tempos me formei em medicina, mas se isto correr mal, a culpa é deles. Para me apresentar aos colegas malditos e àqueles dois ou três azarados que venham tropeçar neste clube enquanto vagueiam pela net, só me vem à cabeça dizer que, além deste nome horroroso que os meus pais me deram (lá está, um nome maldito) sou uma espécie de agorafóbico, saíndo muito raramente de casa. A minha melhor companhia são cinco gatos que terei tempo de falar mais tarde.