quarta-feira, 29 de julho de 2009

do espinoza #9

Explicar um nome já de si difícil de pronunciar para um compatriota (tantas as vezes que estabeleci diálogos surreais enquanto me dirigia às secretarias das escolas que frequentei e noutros sítios públicos: a última vez foi na Segurança Social - um flagelo) torna-se um fracasso quando a missão é para um estrangeiro, neste caso uma bela (nos vários sentidos da palavra, não tenho pudores em admiti-lo) senhora inglesa pouco mais velha que eu, que não se encontra familiarizada com línguas de origem latina e com a forma de vocalização que os países mediterrânicos, maioritariamente, empregam.
Na avenida dos Aliados encontra-se um magnífica exposição denominada "Homem T" (mais informações aqui) e


obviamente que andava meio perdido a descodificar as várias mensagens das inúmeras estátuas (cerca de 100), algumas tão subliminares, arrojadas e de certo modo encerrando aquele je ne sais quoi tão característicos dos seres humanos que só à segunda tentativa me apercebi que a tal senhora me chamava num inglês britânico cerrado. Eu que passo sempre diluído nas multidões e tinha-me de escolher logo a mim?, pensei. Puro engano meu. O que queria ela?
- Do you know where is Lello's bookshop?
Palavra de honra que a figura da senhora transfigurou-se-me. Vejam só a minha sorte. Devo ter parecido um cão de Pavlov na esperança de ajudar na sua intenção de visitar a Lello (um dia dedicarei-lhe um post, à livraria, só para verem a importância que ela adquiriu na minha vida, juntamente com os gatos malditos). Lá incorporei um papel de guia turístico e a encaminhei até ao seu destino (a conversa propriamente dita não a revelarei por respeito). Tudo correu nos ditames normais entre desconhecidos até sairmos da livraria. Tirou fotografias à decoração exuberante, aos documentos autógrafos de Eça de Queirós e de Camilo Castelo Branco, autores que desconhecia. Interessava-se por poesia, confidenciou. Pediu uma sugestão para um livro português que pudesse levar como recordação. Mário Cesariny de imediato respondi, sabendo que dificilmente saberia lê-lo no nosso idioma. À saída agradeceu-me, tinha de voltar para o hotel. E então perguntou-me o nome:
- Hermenegildo Espinoza - respondi a medo.
- Herm.. what?
Ainda tentei uma três vezes ensiná-la a pronunciar, totalmente em vão, se bem que da sua boca o meu apelido saía num forte Spinoza. Desembaraçou-se ela da melhor maneira da situação:
- Well, Spinoza, for me, you will always be the portuguese guy from the bookshop.
E foi-se, naquele andar deslumbrado dos turistas. Regressei a casa, a questionar estas agradáveis artimanhas que a vida nos propicia. Tendo há muito estabelecido a felicidade ou o que dela se aproxima como uma soma de parcelas de bons momentos, este encaixou-se nessa equação. Há uns textos atrás um leitor num comentário disse que eu andava todo romântico. Poderá ser que sim, no entanto apraz-me dizer que, a começar a irromper algum sentimentalismo na minha existência, isso se deverá, em grande parte, às várias teias de acções que nos envolvem. Nesse sentido, quanto muito, o aparecimento da inglesa é uma consequência dessas acções (livres, suponhamos), e não parte de qualquer aptidão ou característica minha que catalisou esta situação.
É assim o mundo, uma catadupa de sobressaltos. Resta-nos a nós maximizar o que de bom nos vem à rede.




Hermenegildo Espinoza

domingo, 26 de julho de 2009

Leituras & Remédios #1


"Agora, olhando a janela do segundo andar do professor de desenho, o médico recordava-se da sua espectacular reprovação na prova prática de anatomia, em que lhe haviam passado para as mãos um frasco limoso com a artéria subclávia dentro, pintada a vermelho por entre um emaranhado de tendões apodrecidos, em como o formol dos cadáveres lhe irritava as pálpebras e como, depois de pesar na balança da cozinha os quatro tomos do Tratado sobre ossos e músculos e articulações e nervos e vasos e orgãos, declarara para si próprio diante daqueles seis quilos e oitocentos de ciência compacta:
- Caralhos me fodam se vou estudar esta merda."



António Lobo Antunes,
Memória de Elefante, pág. 101, 25ª edição, Editora Dom Quixote


(a leitura como um dos melhores remédios)



Hermenegildo Espinoza

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Lucy in the Sky with Diamonds





Vocês sabem do que eu estou a falar.




Hermenegildo Espinoza

terça-feira, 21 de julho de 2009

O Clube tem o prazer de adicionar à barra lateral o blogue d'Os Invictados, um grupo de gente bem-disposta que já andou por aí na marretada com almofadas e a parar como estátuas de gelo nas ruas do Porto - entre outras coisas - , impulsionados por um leitor (esperamos assíduo) aqui do clube, o caríssimo Tiago. Tudo muito engraçado, tudo potencialmente estranho e bizarro, mas, confirma-se, muito criativo.


O Clube dos Médicos Malditos

Resultado

Parece, pela sondagem feita ali ao lado, que a maioria do universo larguíssimo de 29 eleitores preferiria a designação de maldémio para o novo elemento da tabela periódica. Conclusões breves: ou a democracia instituída aqui no clube sai certamente fortalecida, ou, para os amantes das conspirações, alguém do clube deu a volta ao sistema de maneira que a vitória recaísse sobre a hipótese mais abonatória em relação à nossa causa. O meu conselho: não confirmem nem desmintam.
Obrigado aos que deram a sua opinião.

resultados:

Inémio - 11 (37%)
Germénio - 3(10%)
Maldémio - 15 (51%)



Hermenegildo Espinoza

sábado, 18 de julho de 2009

do espinoza #8

Dou comigo a pensar na beleza da vida. Normalmente vem-me à cabeça este pensamento quando me rendo ao prazer de estacar nos jardins da Cordoaria olhando os transeuntes que, placidamente, escorrem pela quotidiano citadino da cidade. A cidade está insuflada de turistas: espanhol, inglês, alemão, francês e outras línguas espalham-se pelo ar sôfrego. O Porto é o centro do mundo, do meu mundo.
As crianças caminham com os avós, os namorados dão as mãos, tudo se congemina na conspiração eleita das relações. Estamos sempre a chegar a um lado, sempre a partir para outro, mudamos em cada tic tac dos relógios e nenhum lugar é o nosso. Digamos que temos um débito de insatisfação concomitante com o desejo de refutar o nosso crescimento. O Michael Jackson, olhe-se para o seu exemplo, considerava-se Peter Pan de uma Terra do Nunca. A contradição que estraga qualquer concretização desta utopia é o facto, tantas vezes esquecido, de que a estabilização da nossa pessoa como criança concorre com o problema da criança jamais poder ser estável enquanto absorve as cores visíveis das várias realidades. Deixamos de ser garotos, isto é, perdemos a capacidade inata de sentir felicidade pura, daquela sem artifícios com que tendemos a iludir-nos, quando adquirimos estabilidade.
Será exequível um projecto de vida assim? Não sei, mas não custa tentar. Se o resultado for a queda, será mais uma no horizonte da evolução. O ser humano foi concebido para cair. Há quem diga que saímos das árvores na tentativa de conseguirmos voar. Não me espantaria se assim fosse. Existe um protótipo de Peter Pan em cada um de nós.



Hermenegildo Espinoza

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Esta manhã
hoje
é um nome.

Nem mesmo amanheceu
nem o sol
a evoca

Uma palavra
palavra só
a ergue

Como um nome
amanhece
clareia

Não do sol
mas de quem
a nomeia.

Fiama Brandão, "O Nome Lírico"

Pitt

segunda-feira, 13 de julho de 2009

do espinoza #7

Está um calor tão grande dentro das paredes de minha casa que tanto eu como os meus gatos transpiramos sufocadamente. Quase diria que escorre um rio de suor que se equipara ao caudal do Douro, permitam-me a hipérbole em tudo desnecessária. Convém avisar que escrever perante um calor tão intenso não é fácil, com os neurónios a dar de si. Ficamos amorfos e torna-se árdua tarefa vir aqui ao clube, que suponho que tenha ar condicionado (se tal não acontecer teremos de colocar o assunto na ordem de trabalhos do clube para os próximos tempos). De modo que arrastei-me para o computador convicto de que não possuo um assunto audaz para explanar. Denotem que a vida de um maldito, com as devidas nuances, também passa pelos dias sem objectivos, daqueles imersos na pasmaceira plácida de não fazer nenhum. Enfim, nestes ciclos ventilatórios intermitentes, vou experimentar a sesta, que há quem diga que faz bem e recomenda-se. Estou mole o bastante para me estirar no sofá da sala a dormir, na esperança de que surja algum assunto. Se tal não acontecer sempre dá para ir passear na zona da Ribeira ou ir observar os pavões nos jardins do Palácio de Cristal "pavoneando-se" (veja-se aonde chegou a pobreza deste post acéfalo) para os turistas pasmos de máquinas fotográficas em riste. Ou então enfio os meus gatos todos na banheira e dou-lhes um banho valente para refrescar-lhes o ânimo. Admitamos, também precisam.



Hermenegildo Espinoza

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Obaman(inho)

... ao que parece, o Brasil encontra-se embebido na revolta. E, na verdade, o que é que serve de veículo para esta (emoção?) coisa?... Será um atentado terrorista, sobretudo, de origem islamista ? Ou será correspondência baseada no carbúnculo? Meus amigos, nem uma epidemia de coléra os levava a este estado... Num país do "tá-se bem" a beber caipirinha, a única coisa que faz mover massas além das praias de Copa Cabana é o futebol.


O futebol é para os caras daquele país, o que a mama é para um bebé esfomeado: o sustento.


É Cissinho, Ronaldinho, Juninho... e mais alguns nomes sonantes no futebol acabados em "inho" que fazem aquele país vibrar.


Pois bem, esta lengalenga toda para vos alertar que, segundo o que os médicos malditos apuraram, o Obama teve de mudar de nome... OBAMANINHO.


Caro leitor, no Brasil é assim! Ou muda-se de nome, ou se acaba usando o manto da invisibilidade. Como o Obama não é muito adepto de novas tecnologias, ora aqui está:

o novo reforço canarinho!

Pitt



Realidade percebida #2

O que o espírito renova o corpo tem o dom de consumir. Via-o antes e vejo-o agora.

Insistiu o Rui que fosse com ele ao poço do conhecimento de onde diariamente bebe, juntamente com todo o bando de miúdos e graúdos, mais ou menos sabedores e escalonados pelo hierárquico respeito de diferentes anos de curso.

Já tinha ouvido falar da fama dos estudantes de Medicina - nerds de olhos cansados com conversas mais que técnicas e científicas de que ninguém percebe patavina, mas deambulando orgulhosos, ainda assim, do triunfo que lhe relega o estatuto de pertencerem ao estereótipo da elite social preconizada por velhos e novos que rastejam atrás da placa de senhor doutor. Aos últimos lhes digo, erguei-vos, não como cavaleiros, mas como inconscientes mentes que cospem na própria dignidade ao subjugarem-se de tal maneira. Aos primeiros atalho que a pomposidade de um peito cheio de ar de nada serve sem resultados, sem alguém com quem a partilhar e mais acrescento que valores hão-de ser mais importantes que uma placa com nome - "o rei só nada fará, se alguém tiver que o faça por ele".

Não obstante e calando protestos direi que sim, deve ser reconhecido valor a um médico pelos anos que dedica ao estudo e pelas privações a que tem que obedecer. E é mesmo assim, porque vitimas aqui não existirão e antes não existissem de todo. No entanto, jamais fazer-se valer do prestígio e conhecimento adiquiridos pela douta mente para satisfazer caprichos de real alteza ou enxovalhar a imagem do pobre analfabeto controlando a sua mente hipocondríaca.

É isto que o espirito renova: o conhecimento. De geração em geração de médicos, passa conhecimento ancestral e novo é adquirido, requerendo nova paciência, mas trazendo novas vantagens. São essas, as vantagens, digo, que pela tentação de bolso descarrilam o comboio e com as quais o corpo se encarrega de fortalecer. Leia-se corpo como o individuo fisíco; sim, esse mesmo, que vai em viagens, participa em "congressos", que compra novos carros trianualmente.

De isto me lembrei eu, enquanto assistia ao estudo de três almas que sonhavam com o estetoscópio e a bata branca. Um sonho de rico, literalmente, não só a julgar pela pronúncia e gestos oratórios, mas pelo teor da conversa em si. Um verdadeiro núcleo da Foz ou de Cascais, que salvo meia dúzia de pardas almas dessas terras nada se aproveita, entre filhos de papás e pipis cuja realidade distorcida pelo dinheiro faz do seu ego pedestálico demasiado altívolo para pousar na humilde integridade de um profissional de saúde com todas as letras, cujos joelhos batem no chão e mão toca o coração, ao som da melodia hipocrática de um juramento que lhes traça na palma das mãos a sina de um compromisso.

Lia eu numa placa à entrada "O médico que só sabe Medicina, nem Medicina sabe". Hão-de estar o autor e o galardoado, que por razões desconhecidas não coincidem, a dar volta no caixão a cada palavra desses que referi.
Dias virão, em que eu fale nos verdadeiros estudantes desta arte.

Bachiatari Sensei

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ubirajara_meditações_ANGÚSTIA

Deito-me na cama
Sinto um vazio em mim
Um vazio tão profundo
Que não consigo eliminar
Esta angustia que sinto
É o fruto duma ansiedade que não tem fim

Olho para a noite que me cerca
E sonho ser uma das estrelas que se escondem na imensidão do Universo
Oh alma maldita!
Porque me fazes pensar assim?
Quem me dera não pensar!
Quem me dera ser um mero animal
Que se limita a viver instintivamente
Oh instinto invejável!

Então penso nos dias de outrora
Em que eu era feliz
Em que acordava de manhã
E sentia o vento na minha face
Como sinal de esperança
Ouvia os gemidos da Natureza
Que me lembravam da minha existência
E sentia o aroma de campos floridos
Que belos tempos!
Que nunca mais esquecerei…

Espreito pela janela do meu quarto
E vejo um mundo que não tem fim
Olho para o céu
E vejo o caos que é ordem
Ou a ordem que é o caos…
Não sei o que dizer
Mas o sono vem
Vem, vem, vem…

Ubirajara Piatã

do espinoza #6

Para ver o amanhecer, acordo muitas vezes no silêncio da casa e caminho até à minha pequena varanda. A cidade dorme muitas vezes sem saber da minha insónia. No prédio em frente, uma mulher insiste em partilhar esse momento de incapacidade de dormir com os meus olhos que raramente pedem companhia. Nunca lhe aceno, jamais lhe dou um sinal. Nem ela. Ainda assim, há mais de um ano que acordamos antes do mundo e vislumbramos o nascer dos dias tantas vezes sem sentidos. Como exercitar a vida? Como é possível acordarmos diariamente e levantarmo-nos da cama? Tudo isso para quê? Há uma gravidade a puxar-nos para baixo e não é inversamente proporcional ao quadrado da distância do que nos separa dos objectos ou dos corpos, mas sim inversamente proporcional ao ímpeto das vontades que carregamos. Só assim se explica o porquê de não me limitar a ficar na cama esperando que os dias passem e que a entropia acabe com a maravilha deste sistema.
São cinco e meia da manhã. Carrego uma vontade em quase tudo inócua que me levanta da cama. Na varanda do outro prédio espera-me a mulher das vigílias da alvorada. Está um bom tempo para lhe mostrar que ainda tenho músculos da mímica dignos de um sorriso franco.




Hermenegildo Espinoza

sábado, 4 de julho de 2009

Dos nossos mestres #1

Um enorme regozijo e orgulho acaba sempre por cair em nós vindo da altura daqueles que nos dotam do saber necessário para exercer, convenientemente, a nossa profissão.
Para nosso agrado, o Prémio Gulbenkian Ciência 2009 foi atribuído a Maria João Saraiva, cientista do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) e professora catedrática de Bioquímica no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), pela sua importante contribuição na compreensão dos mecanismos da Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), vulgarmente designada por doença dos pezinhos, que foi identificada e caracterizada, pela primeira vez, pelo neurologista e também co-fundador do ICBAS, o Dr. Corino de Andrade.
Congratulamo-nos pela força de vontade e pertinência demonstradas pela família icbasiana em prol do conhecimento biomédico.
O nosso agradecimento e o maior dos aplausos aos nossos mestres.



O Clube dos Médicos Malditos

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Bachiatari Sensei #7

Parece que me mudei para a casa errada com o colega de quarto certo.
Dando-vos um toque de um serão de um velho com genica e de um estudante vanguardista, o desenho que terão à vossa frente combinará pizza, consolas, xadrez e, como que por coincidência, a arte da medicina. Pois é. Eis que o teleporte para uma realidade moderna, me trouxe a uma paragem familiar; ancorei navio numa casa especilizada em linguagem maçónica que em tudo me é conhecida, ganhando a oportunidade de enriquecer de cultura uma massa cinzenta ligeiramente poeirenta, interpelando antigos métodos semilógicos de palpação, com a tecnologia e metodologia actuais - convenhamos que as ressonâncias magnéticas, qual mistica da física médica, faz cruzar antigas linhas paralelas da observação terapêutica visceral e da não invasão de tecidos - fabuloso!

Preciso de respirar. (...)

Retomando o rumo da questão, digamos que objectivos comuns e ideais partilhados ajudam no entendimento mútuo. Os serões habituais de aguerridas disputas a grande velocidade e nuvens de poeira do pó de Dakar que só não invadem o espaço morto anatómico das vias aéreas, porque o ecrã da televisão não o permite, dão lugar ao debate de casos clínicos e dissecções de carne de porco, pelo menos na última semana, em tempo de frequência - é aí que o chá impera o seu poder tranquilizante, qual Valdispert administrado em overdose.
E o ambiente podia ser sempre assim, não fosse o mau estado do edíficio a comprometer o sossego entre vizinhos, dadas as inúmeras lacunas parietais por todo ele - entre gritos de socorro de actividade nocturnas depravadas da vizinha de baixo e os roncos do vizinho de cima, isto parece um posto avançado da ala de psiquiatria, do São João.
Valham-nos os peixes, mas acima de tudo o camarão: os primeiros, pelo hipnotizante jogo de cores e o brio que dão à casa e às noites de insónia; o segundo, que pelo bizarro e desconhecido modos operandi sempre arranca uma gargalhada ou um comentário, não mencionando o sadismo ecológico de seus actos necrófagos de quem come os colegas de habitat que perecem.

Bachiatari Sensei