- Em tempos, à alternância entre a sístole e a diástole dava-se outro nome que não o ciclo cardíaco.
- Que nome era esse, então?
- Revolução Cardíaca.
- Revolução?
- Sim, há ainda quem use o termo, mas tem-se vindo a perder na boca dos novos médicos. Os meus mestres gostavam muito do lirismo do termo.
- Isso deixa-te triste?
- Não consigo dizer que não.
- Porquê?
- Talvez até mais do que as outras.
- Ai sim?
- Claro, a revolução do coração é a mais antiga de todas.
- De todas?
- De todas, e em muitos não se chega a cumprir.
- Que nome era esse, então?
- Revolução Cardíaca.
- Revolução?
- Sim, há ainda quem use o termo, mas tem-se vindo a perder na boca dos novos médicos. Os meus mestres gostavam muito do lirismo do termo.
- Isso deixa-te triste?
- Não consigo dizer que não.
- Porquê?
- Porque todas as revoluções têm vindo a perder o brilho nos olhos dos inquietos.
- Esta revolução também?- Talvez até mais do que as outras.
- Ai sim?
- Claro, a revolução do coração é a mais antiga de todas.
- De todas?
- De todas, e em muitos não se chega a cumprir.
Hermenegildo Espinoza
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