quarta-feira, 4 de abril de 2012

O nervo laríngeo recorrente




É curioso que um nervo tão inadequadamente comprido para o seu propósito seja, de facto, um estandarte da evolução, uma evolução que não tem propriamente um propósito de perfeição ou um fim em si mesmo. Se assim fosse, os mamíferos ficariam muito mal vistos por qualquer engenheiro, por pior que este fosse. Por isso, olhamos para o nervo laríngeo recorrente (ramo do nervo vago que inerva os músculos das cordas vocais) de uma de duas maneiras: ou uma imperfeição no esboço do Supremo Engenheiro ou a constatação de que o longo trajecto do nervo é o resultado da evolução do pescoço dos mamíferos, a partir de um ancestral comum, provavelmente dos peixes, que teria um trajecto mais directo. Richard Dawkins, como super-ateu e defensor da teoria evolucionista, dá uma perspectiva, neste vídeo, que não é difícil de descobrir qual é.




Hermenegildo Espinoza

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