terça-feira, 14 de abril de 2009

Exercício de imaginação da realidade e ética médica

Vamos fazer um pequeno exercício de imaginação:

Comecem por imaginar um país desenvolvido e civilizado como, por exemplo, a Suécia. Agora imaginem um homem sueco que seguisse a doutrina neo-nazi. De seguida, imaginem que esse homem matava, aparentemente sem arrependimento, outro homem. Por fim, imaginem que esse mesmo homem, para todos os efeitos um assassino, conseguia ser admitido, mais tarde, numa prestigiada faculdade de medicina.


....


Já imaginaram? Então, leiam pelos vossos olhos a realidade, nesta notícia do Expresso:


"Que qualidades são indispensáveis num médico? Essa questão ganhou recentemente nova acuidade quando foi notícia que um assassino tinha conseguido ser admitido no curso de medicina de uma prestigiada universidade sueca.

(...)

Os comentários da comunidade médica, na Suécia e noutros países, têm-se inclinado no sentido de achar inadmissível que Svensson se torne médico. Não é só o facto de o princício e dever básico da profissão consistir em salvar vidas. A medicina implica uma relação de confiança. Que confiança pode um paciente ter num médico que sabe ser neo-nazi, e mais do que isso, assassino? E mesmo que não o saiba a respeito de um médico concreto, o facto de haver médicos que são reconhecida e admitidamente assassinos poderá criar uma suspeição geral."


Leiam, meus caros, e, quanto mais não seja, reflictam um pouco sobre isto em vez de perderem os serões com as novelas da TVI (se for o caso).


Hermenegildo Espinoza

1 comentário:

  1. (Bebendo um chá Dimbula vos saúdo, caro maldito):
    Espinoza-san, isto não é a especulação do Jack the Ripper ao contrário, de certa maneira?
    Passo a explicar: Não há uma tal teoria de que esse senhor assassino de inúmeras rameiras para os lados de Whitechappel, lá para a Grã-Bretanha, era um médico, tal era a sua precisão de corte das vitimas e o exímio conhecimento anatómico?
    Coço a barba e com um ar de misto triunfo e tranquilidade vos digo - Eu bem tinha razão, desde aquele jogo com Portugal, que estes suecos não eram de fiar. E não é que queriam mesmo formar um assassino com dotes médicos? Conspiração! Querem é denegrir socialmente os médicos... Ainda bem que intervi a tempo de com tortura alterar a opinião de um dado influente médico sueco a revoltar-se...

    Sonkei ken Ichibun

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