sábado, 21 de julho de 2012

Costelas flutuantes são caravelas do mar que nunca irão atracar - apontamentos sobre a melancolia do marulhar #4

Ao longo da linha do comboio de Espinho. O mar que se quedava para lá da areia. O olhar transversal aos raios de sol que se espraiavam pelo vidro da janela. A cadência do movimento uniforme da carruagem. As mãos dadas enquanto o teu rosto caído no meu peito. Ouviam-se o mar e a percussão veraneante de cada sístole, no ir e no voltar.



Hermenegildo Espinoza

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