23. as crianças com pseudópodes nas falanges.
O frio do círculo polar árctico
impõe, dizem-nos, o recolhimento,
mas, até ver, os dedos das crianças
têm acarinhado muitas expansões.
De modo a principiar a escultura do medo
as falanges das crianças são duras como cascos,
quanto muito sabem ferir-se por descuido,
ou não fosse o descuido o catalisador da perfeição.
Vão errando as crianças, com as falanges a prolongar-se
por intermináveis erros, palpando quanto podem:
sinais salientes e marcas da destruição maldosa,
mesmo que avisadas vão pelas suas aventuras
esfolando as falanges dos dedos estirados.
O mundo, reitere-se, é mesmo delas.
Hermenegildo Espinoza
Lindo poema, acreditei que iria encontrar conteúdo sobre topografia de interiores e me deparei com este poema que tocou nossos sentimentos mais profundos.
ResponderEliminarMeus parabéns e Obrigado por alegrar meu dia.
Obrigado.
ResponderEliminarFicamos contentes por ver que as topografias, neste caso bem interiores, são capazes de chegar a muitos outros lugares.
Cumprimentos,
Hermenegildo Espinoza