segunda-feira, 26 de julho de 2010

o meu é. e o vosso?

... ando perdido,por mais que vasculhe pelos recantos da vida.
Ou não os chego a revelar, ou a vida talvez não tenha recantos.
Nos recantos é que guardo os segredos mais preciosos, quais tesouros no fundo do mar, coisas que aos outros não dizem nada e que para mim são mais que barras de ouro num cofre bem selado, na Suiça. Como o tal tesouro no fundo do mar, os segredos são inacessíveis à maioria de nós, salvo àquele que o possui e sabe bem onde o tem guardado. Aceder a essa riqueza oculta, é bem mais simples que mergulhar num oceano e resgatar o perdido baú. Revelá-lo... bem, aí o cenário já se reverte. E reverte porque, não sendo excepção, tenho se vencer três forças: a gravidade, a impulsão e os outros. Se a gravidade e a impulsão andassem de mãos dadas, sorte a minha. Porém, isoladas, são barreiras a vencer, a gravidade aquando do levar o baú para terra, a impulsão quando pretendo alcançar o fundo do mar para agarrar o meu tesouro. Os outros, são aquela força que tenho de vencer, uma vez tendo o baú em terra. Apesar destas contrariedadas, uma vez existindo segredos, existem recantos.
Portanto, como para mim é inconcebível uma vida sem recantos, o mais provável é não os conseguir alcançar com o fim de revelar, ou porque estou a seguir o caminho errado, ou porque não sei onde ficam esses cantos escuros e recônditos. Ainda não pensei.
Bachiatari, Cluni, Ubirajara, Adegesto e Hermenegildo, um coisa vos digo, com vocês essas forças estão atenuadas (e eu tenho de me esforçar menos). Por isso, dedico-vos estas palavras e aproveito para deixar outras de saudade e revelar um dos meus segredos:
Todo o coração é de corda, e não há braços suficientemente grandes que possam dar corda ao próprio coração que os sustenta.
Galli Pitt

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