Aqueles olhos não são meus,
Aqueles olhos não são nossos,
Não foram teus nem sequer de alguém.
Animal nenhum os teve nas órbitas,
Nem trazidos pela derrapagem no gelo
(mais organismos aqui dentro não bastariam).
Não são olhos de morte, vida muito menos,
Nem olhos de ver ou olhos de enganar,
Nem sequer olhos de partir sem intenção de retornar.
São talvez,
- aqueles olhos? –
Dois dedos de um Deus a apontar para o infinito,
Quem sabe mesmo uma acção ou refracção,
Vou arriscar duas córneas, dois cristalinos,
Muitos humores, luz, restos de acomodação.
Se não servem para olharmos para dentro
Ignoro pois para que servirão.
Talvez sejam
- aqueles dois?-
dois olhos, dois.
Hermenegildo Espinoza
Aqueles olhos não são nossos,
Não foram teus nem sequer de alguém.
Animal nenhum os teve nas órbitas,
Nem trazidos pela derrapagem no gelo
(mais organismos aqui dentro não bastariam).
Não são olhos de morte, vida muito menos,
Nem olhos de ver ou olhos de enganar,
Nem sequer olhos de partir sem intenção de retornar.
São talvez,
- aqueles olhos? –
Dois dedos de um Deus a apontar para o infinito,
Quem sabe mesmo uma acção ou refracção,
Vou arriscar duas córneas, dois cristalinos,
Muitos humores, luz, restos de acomodação.
Se não servem para olharmos para dentro
Ignoro pois para que servirão.
Talvez sejam
- aqueles dois?-
dois olhos, dois.
Hermenegildo Espinoza
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