"Querida, mudei a casa!". Sucinto e directo.
Dando trabalho a toda esta panóplia muscular, que apesar de um pouco enferrujada pelo ócio e teimosa pelo atrito adiposo ainda tem alguma tonicidade, erguem-se os rabos dos sofás, agarram-se os panos de felpo e mãos à obra.
Remexendo em prateleiras quase infinitas entre móveis e incontáveis maços de papéis encarcerados e aleatoriamente amontoados em gavetas, levantam-se nuvens de pó quase comparáveis a tempestades de areia, altera-se o Feng Shui, para melhor ou pior, de humilde tugúrio que nos alberga e fazem-se achados maravilhosos, quase dignos de coleccionador.
É verdade. Parece que os headquarters maçónicos desta irmandade amaldiçoada sofreu uma mudança de ares. Entre livros chamuscados do Pataca, amontoados de recortes de jornais com as mais estranhissímas noticias e pêlos dos gatos do Espinoza, inventários de inidentificáveis ingredientes do Ubirajara, cuecas e soutiens que só podem vir do Cluni, voltímetros e desenhos da mais complexa física de partículas e caixas de lâminas de bisturis vazias assinadas a preto - Pitt -, lá estava ela... A reliquía, a preciosidade das preciosidades! Uma imaculada mala de couro castanho para primeiros socorros, recheada dos mais diversos tipos de unguentos, pensos, liquidos de desinfecção, fármacos, seringas, ligas, e tanto outro material útil, repito, útil, repito, útil!
Porquê o meu contentamento? Ora essa, porque fora com essa mesma mala que principiara a minha acção salvadora! Nem mais. Ainda que, confesso, outrora mais tenha parecido um boticário ou um talho, dependendo dos tempos que condicionam, claro está, o seu recheio, é uma peça essencial no salvamento urgente. E quantas vezes, caros aspirantes a Malditos, quantas vezes terei selado um cavalo à pressa e partido com esse couro aos ombros por um grito do outro lado da colina. Contornando o passado e desaguando no presente vos digo: Tenham uma sempre à mão! Claro está, mais importante que a ter, é como a saber usar, mas nem por isso descurem a utilidade desta colectânea de objectos.
Voltando às arrumações, termino dizendo-vos o quão impressionado e orgulhoso estou: Maximizamos o espaço do clube! Bastou desfazermo-nos da gigantesca estante que o Espinoza lá tinha metido e acomodar os seus livros juntos aos do Pataca e enrolar os metros, quase kilómetros, de cabos eléctricos, fios de cobre, mangueiras de diferentes tamanhos e cordas lá do senhor Pitt.
Bachiatari Sensei
A óbvia satisfação do nosso caro Adegesto Pataca, valeu-nos um arroz de pato fenomenal
Dando trabalho a toda esta panóplia muscular, que apesar de um pouco enferrujada pelo ócio e teimosa pelo atrito adiposo ainda tem alguma tonicidade, erguem-se os rabos dos sofás, agarram-se os panos de felpo e mãos à obra.
Remexendo em prateleiras quase infinitas entre móveis e incontáveis maços de papéis encarcerados e aleatoriamente amontoados em gavetas, levantam-se nuvens de pó quase comparáveis a tempestades de areia, altera-se o Feng Shui, para melhor ou pior, de humilde tugúrio que nos alberga e fazem-se achados maravilhosos, quase dignos de coleccionador.
É verdade. Parece que os headquarters maçónicos desta irmandade amaldiçoada sofreu uma mudança de ares. Entre livros chamuscados do Pataca, amontoados de recortes de jornais com as mais estranhissímas noticias e pêlos dos gatos do Espinoza, inventários de inidentificáveis ingredientes do Ubirajara, cuecas e soutiens que só podem vir do Cluni, voltímetros e desenhos da mais complexa física de partículas e caixas de lâminas de bisturis vazias assinadas a preto - Pitt -, lá estava ela... A reliquía, a preciosidade das preciosidades! Uma imaculada mala de couro castanho para primeiros socorros, recheada dos mais diversos tipos de unguentos, pensos, liquidos de desinfecção, fármacos, seringas, ligas, e tanto outro material útil, repito, útil, repito, útil!
Porquê o meu contentamento? Ora essa, porque fora com essa mesma mala que principiara a minha acção salvadora! Nem mais. Ainda que, confesso, outrora mais tenha parecido um boticário ou um talho, dependendo dos tempos que condicionam, claro está, o seu recheio, é uma peça essencial no salvamento urgente. E quantas vezes, caros aspirantes a Malditos, quantas vezes terei selado um cavalo à pressa e partido com esse couro aos ombros por um grito do outro lado da colina. Contornando o passado e desaguando no presente vos digo: Tenham uma sempre à mão! Claro está, mais importante que a ter, é como a saber usar, mas nem por isso descurem a utilidade desta colectânea de objectos.
Voltando às arrumações, termino dizendo-vos o quão impressionado e orgulhoso estou: Maximizamos o espaço do clube! Bastou desfazermo-nos da gigantesca estante que o Espinoza lá tinha metido e acomodar os seus livros juntos aos do Pataca e enrolar os metros, quase kilómetros, de cabos eléctricos, fios de cobre, mangueiras de diferentes tamanhos e cordas lá do senhor Pitt.
Bachiatari Sensei
A óbvia satisfação do nosso caro Adegesto Pataca, valeu-nos um arroz de pato fenomenal
Meu caro Sensei,
ResponderEliminarGrandes momentos passamos durante este ano de aulas, momentos de alegria, gozo, e até mesmo de desespero… Foi um ano excelente, que permitiu-nos descobri ro nosso lado maldito, que em alguns encontrar-se-ia oculto. Malditos, um bem haja a todos vós…
Novos tempos virão, tempos esses cada vez mais próximos!!!
Abraços Malditos!!
Concordo com o Sensei, pois foi realmente um arroz de pato fenomenal!!!!
Genial, Sensei...
ResponderEliminarPor acaso há ainda espaço para mais uma pilha galvânica gigante?
Com toda a consideração, Pitt
Agradeço as vossas palavras, caros Piatã e Pitt.
ResponderEliminarLutaremos por isso, estou certo!
Sempre espaço, caro Pitt, a ver é se não nos encafua um desses painéis solares de 30m^2 cá no sítio ou se não substitui a pilha por geradores, que são barulhentos.
Respeitosos cumprimentos, Bachiatari Sensei