terça-feira, 23 de junho de 2009

A Arte e os Santos Populares

Esteve-me a contar o Rui, meu colega residente, que há no Porto uma festa acima de todas as outras, algo de singular que veste a cidade com as cores da festa e apitos de martelos e presenteia o ar com o cheiro de sardinhas douradas e pimentos acabados de assar, acompanhados de um pão altamente firbroso que por dentro de uma crosta crocante e escura, esconde um miolo que se dissolve lentamente no azeite; uma tal de broa. Uma gigantesca mobilização que, qual exército da diversão munido de alho porro, martelos e toda a genica, avança pela zona ribeirinha da cidade, cujo centro de actividade fervilha nas históricas Fontainhas, avançando entre marteladas, por debaixo de um fogo de cores que cobre os céus noite adentro, iluminando o trajecto que vai da zona histórica tripeira até à Foz, tomando as suas praias de assalto. Bem, e quem diz Porto, até diz Gaia.
A cidade de tradição veste-se a rigor, recebendo os turistas, o povo em geral, e quem quer que nesta cidade ponha os pés nessa noite, com todo o seu esplendor e a iluminação tradicional das candeias de papel e das fitas coloridas que deslizam dos tectos. Dos céus, ergue-se a frota de balões provenientes de toda o centro, periferia citadina e arredores inseridos neste espírito de festividade ilusão dos tempos contemporâneos.
Planeei deslocar-me até à Ribeira, por lá jantarei e apreciarei o ambiente. Julgo que sempre vou comprar um martelo àquelas que na rua desde ontem apregoam a sua venda a 3 euros. Raios me partam se não é hoje que provo essa delicía gastronómica.

Antes que me esqueça, aquilo que uma pequena pesquisa me trouxe:




Bachiatari Sensei

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