59. a evolução do frágil.
O corpo do homem é prosa
uma parede de texto inexorável
que vai tentando esconder
na dureza dos ossos
a sua fragilidade.
O corpo da mulher é poesia
entre a estética e o conteúdo
que vai tentando impedir
na subida do coração à boca
a sua fragilidade.
O corpo da criança é prosa poética
entre as falanges e o amor pelas coisas
enquanto os pais vão minguando
lá vai ela espadaúda esconder
a sua fragilidade.
Hermenegildo Espinoza
Sem comentários:
Enviar um comentário