47. a arte de refilar nas salas de espera.
Uma cadeira não esquece as horas,
os minutos prolongam-se nos ossos doridos
enquanto alguém espera uns segundos eternos.
Não há má notícia que aguarde a sua vez
nem maus diagnósticos que se acumulem
nos corredores de olhares cabisbaixos.
Quem refila na sala de espera
tem medo que o medo da dor
chegue e não avise ninguém.
Hermenegildo Espinoza
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