17. costelas flutuantes são caravelas do mar que nunca irão atracar.
Um cadáver atirado ao mar
ao muito sal e outros minerais,
leva nos lábios um penoso escorbuto.
Será sempre triste ver um corpo morto,
constatar que padecemos de muitas deficiências
e nem todas elas são vitamínicas, mas enfim,
o corpo do homem atirado ao mar
jamais voltará a atracar.
Caravelas no fundo dos riftes,
companheiras de inversões magnéticas,
jamais voltarão a atracar.
Muitas delas viram o azarado Adamastor,
muitas delas caíram em eterna apneia.
Rejubilemos com a memória de mastros a bolinar
porque se ainda existir um brasão português
naufragado nessas fossas de tantos nomes a decorar,
servirá para nos lembrarmos que o mundo
dificilmente se dá ao luxo de ter um fim.
Tal como as costelas flutuantes
que jamais irão atracar,
contudo, cumprirão bem
o seu perene dever de estar.
Hermenegildo Espinoza
Um cadáver atirado ao mar
ao muito sal e outros minerais,
leva nos lábios um penoso escorbuto.
Será sempre triste ver um corpo morto,
constatar que padecemos de muitas deficiências
e nem todas elas são vitamínicas, mas enfim,
o corpo do homem atirado ao mar
jamais voltará a atracar.
Caravelas no fundo dos riftes,
companheiras de inversões magnéticas,
jamais voltarão a atracar.
Muitas delas viram o azarado Adamastor,
muitas delas caíram em eterna apneia.
Rejubilemos com a memória de mastros a bolinar
porque se ainda existir um brasão português
naufragado nessas fossas de tantos nomes a decorar,
servirá para nos lembrarmos que o mundo
dificilmente se dá ao luxo de ter um fim.
Tal como as costelas flutuantes
que jamais irão atracar,
contudo, cumprirão bem
o seu perene dever de estar.
Hermenegildo Espinoza
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