quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O nosso nome é vida

Todos estes dias têm sido, grosso modo, um mandamento histológico de enormes prolongamentos relacionais para uma correcta extrapolação da vida enquanto ciência mutável e capaz de copular alegremente com o meio. Ou então para a loucura. Que venha outro louco para nos julgar.
Ao estudante de ciências, em toda a sua largura, é permitida uma endossimbiose com o desconhecido e, se incorporamos esse nevoeiro – eficiente para todos os efeitos uma vez que tem permanecido na escalada dos dias como variável constante – tornamo-nos, de igual modo, uma penumbra eficiente para nós mesmos . Até ao dia em que não mais os nossos olhos ou qualquer outro sentido tenham dificuldade em aperceber-se dos vários estímulos: passamos de penumbra à exactidão, tendencialmente revelando um alto mecanismo de segurança de nos negarmos a nós mesmos. É que enquanto resistirmos a essa falsificação de nós mesmos, somos a coisa menos má que poderia existir. Daí a beleza da Ciência: é o caminho mais íngreme e compensatório para afirmar que poderíamos ser tanto mais ao mesmo tempo que nos exaltamos enquanto pequena coisa. Exemplifique-se de maneira grosseira, perdoando certos círculos com diâmetros díspares, decorrentes da fraca manipulação informática por parte do autor:


Por isso somos vida, não uma consequência dela, mas a vida. Vida. Imaginem uma vida chamada Hermenegildo Espinoza. Daí que a minha não seja lá muito bonita.





Hermenegildo Espinoza

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